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Exportação de Cavalos Brasileiros se Mantém Estável Após o Tarifaço

  • Foto do escritor: Pedro Figueiredo
    Pedro Figueiredo
  • 13 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de out.


Desempenho sólido e consistente no acumulado de 2025

Os dados mais recentes do Siscomex mostram que o Brasil exportou 445 cavalos vivos entre janeiro e setembro de 2025, totalizando US$ 4,97 milhões em receitas. Mesmo após o chamado tarifaço do governo norte-americano, o setor mantém estabilidade e mostra sinais de resiliência e adaptação.


Setembro Marca o Melhor Mês do Ano em Volume

O destaque vai para o mês de setembro, que registrou o maior volume de embarques do ano — 86 animais exportados, somando US$ 751 mil em valor FOB. O resultado confirma uma tendência de recuperação gradual, iniciada em agosto, quando o país já havia alcançado 84 exportações e US$ 793 mil em divisas.


Exportação Cavalo para Europa

Mudança na geografia das exportações brasileiras

Desde a implementação das novas tarifas pelos Estados Unidos, o comércio internacional de cavalos tem passado por ajustes. Antes das sobretaxas, cerca de 70% das exportações brasileiras em valor tinham como destino o mercado americano. Agora, dois meses após a medida, o cenário é outro: o país reduziu fortemente sua dependência dos EUA e consolidou novos mercados de destino.


Em setembro, a distribuição foi a seguinte:

  • Holanda – US$ 272,5 mil (36%)

  • Uruguai – US$ 153,9 mil (20%)

  • Paraguai – US$ 113,9 mil (15%)

  • Argentina – US$ 90,5 mil (12%)

  • Estados Unidos – apenas US$ 56,5 mil ou 7,5%

  • Bélgica, Itália, Chile e Portugal – volumes menores, porém consistentes


Os números mostram que a América do Sul e a Europa vêm absorvendo parte da demanda antes concentrada nos EUA, com destaque para Uruguai e Paraguai, que seguem ampliando sua participação nas compras de cavalos brasileiros.


Tarifaço americano: cautela ainda necessária

Apesar da aparente estabilidade nos números, é cedo para conclusões definitivas sobre o real impacto do tarifaço. Setembro foi apenas o segundo mês completo após a implantação das novas tarifas, e o comércio internacional de equinos costuma responder com defasagem, dada a complexidade dos contratos, exigências sanitárias e logística envolvidas.


Ainda assim, o Brasil não apresentou retração significativa até o momento — sinal de que o setor vem conseguindo ajustar rotas e preservar margens.


Nos Estados Unidos, o cenário segue de incerteza. As sobretaxas de até 25% aplicadas a alguns países fornecedores continuam alterando os fluxos de compra, e o comportamento do mercado americano nos próximos meses será decisivo para avaliar a extensão dos efeitos no médio prazo.


Mercados alternativos: oportunidades e desafios

A diversificação recente reforça que o Brasil possui credibilidade internacional e qualidade genética reconhecida, mas também mostra que nem todos os mercados oferecem as mesmas condições logísticas e econômicas.


A Ásia, por exemplo, desponta como destino promissor — especialmente para cavalos de alta performance, cujo valor agregado justifica custos maiores de transporte e quarentena. Já para exportações de menor escala, América do Sul e Europa seguem sendo opções mais viáveis, tanto pelo custo logístico quanto por afinidade genética e regulatória.


Conclusão

Os resultados de setembro reforçam que o Brasil segue firme no mercado global de exportação de cavalos, mesmo diante de um cenário de tarifas e ajustes comerciais.

Com desempenho estável e diversificação crescente, o país demonstra capacidade de adaptação, embora o momento ainda exija cautela e acompanhamento próximo das tendências internacionais.


A FB Trading segue atenta a essas movimentações e preparada para oferecer soluções completas em transporte internacional de cavalos, assessorando criadores e exportadores brasileiros a navegar com segurança neste período de transição e incerteza.

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